quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Estado de pré-férias

lanchinho da tarde: azeitona chilena, queijo de cabra bouchon com pimenta rosa e azeite, queijo prima donna, cerejas e vinho tinto.


Não consigo mais fazer supermercado, nem tomar café da manhã em casa. Todas as refeições viraram um evento, algo que acontece em meio a uma correria que tem muito de inventada. Essa coisa desenfreada responde a um estado interno da gente e a uma sensação coletiva de algo que se precipita, o fim do ano.

Viajo em três dias, e todos os almoços e jantares tem sido festivos. Ontem conheci o Jabuti, um restaurante de petiscos do mar, perto do Instituto Biológico. Adorei a idéia, um lugar diferente, um bairro diferente, um cardápio temático. Lugar simpático, garçom ótimo, bolinho de bacalhau excelente, casquinha de siri mais ou menos, polvo a vinagrete gostoso, adocicado e picante, nenhum vegetal no cardápio (isso me deu muita aflição, porque a salada é um catalizador da culpa, e eu gosto muito, preciso).

Hoje tomei café da manhã no Almanara. Esfiha de verdura com pinole (a estrela da refeição), salada fatuche e abobrinha recheada. De sobremesa teve Malabie, manjar árabe que estava bem gostoso, suave. Lembrei da minha avó libanesa e de como ela era má, mas fazia um ótimo babaganuche. O Almanara é um restaurante onde não tem erro. Não é nada emocionante, mas é tão padronizado que mantém um bom nível de qualidade, sempre. A formalidade do ambiente e o atendimento com palm-tops antenados confirmam.

E no jantar de hoje, penne sabores ragu e pesto. Ambos feitos pelo César, de quem já tinha provado o risotto de cogumelos. Molho generoso, penne ao dente. Comi demais. E ainda tive a coragem de pedir mais meia colher, pra provar o pesto. Ai percebi que gosto mais de pesto do que de ragu, (se arrependimento emagrecesse...). Ou talvez fosse o dia. Perguntei pro chef : "no ragú vai linguiça, não?". Ele respondeu: "no meu, só pancetta e carne". Dado bem interessante. Estava ótimo, e os comensais, amigos músicos, agregados, turma querida, estavam comendo com muita vontade e bebendo caipirinhas de caju.

No restante desta agonizante semana, ainda vou ter que passar por um restaurante português (amanhã, para comemorar uma futura ida a Lisboa), um jantar em local a definir na sexta e sábado o embarque para Buenos Aires, com direito a café da manhã by Aerolíneas Argentinas.

E depois?

Especial Miss Kitchen Argentina, revelando segredos da gastronomia portenha e descobrindo os pratos patagônicos. Haja trekking.

6 comentários:

Anônimo disse...

eu, além de outra vítima da ava-lanche(s) pré-férias, queria dizer que sou totalmente pró-férias...boa viagem!

Natalia Mallo disse...

ava-lanche é muito bom!
espero que suas férias sejam tão boas quanto as minhas!

Unknown disse...

É uma delícia ler seu blog, Miss Kitchen! Não é todo dia que dá tempo, mas é sempre muito prazeroso!
Boas férias, boas empanadas, jamón, alfajores, dulce de leche, quilmes e afins...

Natalia Mallo disse...

Obrigada, André!
é muito bom ter você como leitor!
Salud!

Anônimo disse...

o café da manhã era de manhã??

Cordeiro patagônico, único cordeiro feito na brasa que eu gostei.(em Bariloche)

Natalia Mallo disse...

o café da manhã no Almanara foi meio dia e vinte!

parece que os cordeiros patagônicos já começaram a fugir...