segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Comer em NYC, comer em casa.




 Me guia.


Quero começar recomendando os guias turísticos da Publifolha (na verdade originalmente publicados pela francesa Gallimard). Eu tinha o de Paris, que além de me ajudar com suas dicas e mapas separados por bairro, me levou a restaurantes deliciosos e com ótimos preços, como o meu amado La Pré Verre, no Quartier Latin, onde viciei no incrível "Cochon de lait", do qual já falei aqui e até já fiz música, tamanha paixão.

Quando soube que viria para NY decidi comprar o guia daqui. Comprar o guia, para mim, é começar a viajar. E novamente foi muito útil! Bom, andar em NYC é muito fácil: ruas planas e numeradas, não tem como a gente se perder. A não ser que você esteja bêbado em Chelsea às 4am e não consiga entender para que lado fica o oeste. Mas ai é outro assunto.




Café da manhã delux.


Bom, seguindo os conselhos do guia fui tomar café da manhã num lugar chamado Sarabeth's, da famosa banqueteira de mesmo nome, na Amsterdam Ave., e foi maravilhoso. O ambiente meio caretinha mas isso não me incomodou. Suco de grapefruit, abacaxi e flores (que flores seriam não sei, mas era um suco gostoso, leve e refrescante). Em seguida um expresso com leite hiper bom (me lembrou o das boas padocas de São Paulo) e um omelete com cebolinha e cream cheese levemente apimentado, acompanhado de pão caseiro "7 grãos". Que ótima maneira de começar o dia! Não tenho fotos disso, infelizmente.





Foie gras dos Deuses.



Noutra noite, novamente, peguei meu guia e fui num restaurante francês no Upper West Side, o Le Monde. Preços bons e altamente recomendado. Começamos com o foie gras da casa, que foi o mais gostoso que eu já provei. Servido com a gordurinha, a gente podia ver as camadinhas de foie separadas por finas linhas de pimenta preta, sobre uma caminha de fatias de batata cozida com um azeite de oliva muito suave e torradas de pão com pistache e figo. Custou 10 dólares.





Salada de chèvre.


Em seguida, os pratos. Salada de chevre chaud (que veio frito à milanesa e não grelhado como eu preferiria), com tomates marinados, mini rúcula, alface e torradas com parmesão e pesto. E o meu: jarret de cordeiro no molho de vinho tinto, com batata, cenoura e abobrinha. O molho apimentadinho, os legumes firmes, a carne desmanchando. Uma loucura.






Cordeirinho apimentado.



Tudo isso acompanhado de um ótimo beaujolais e um litro de água com gás San Pellegrino.






Vim bão!



 Estava tudo tão incrivelmente delicioso que fui obrigada a pedir sobremesa, só para checar se o padrão de qualidade se materia até o fim...  Pedimos o "crêpe normande", com maçã, creme inglês e chantilly. Isso com um chazinho natural de menta digestivo. Excelente.





Pura gula.


Alguns dias antes tive uma experiência bem diferente. Um amigo nos levou até Chinatown, para comer num restaurante chinês muito engraçado. Você entrava por longas escadas rolantes, e chegando lá em cima, um enorme salão vermelho, com atendentes passando como formigas por entre as mesas com seus carrinhos fumegantes. É tipo um rodizio, com pequenos recipientes de bambu que são mantidos quentes pelo vapor que sai de dentro dos carrinhos.

 


O Salão.






As comidinhas.



Coisas estranhas de nome impronunciável. A maioria recheadas de porco, camarão, e às vezes porco E camarão, e também legumes. Molhos apimentados, adocicados, amargos. Pãezinhos recheados, legumes, arroz grudento com porco e outras coisas. Interessante. Algumas coisas muito gostosas, outras meio "fortes" pro meu gosto. A mistura de carnes também me é estranha.  E se você não falar "Please, NO!" eles ficam te assediando com mais e mais opções. Valeu a experiência, novos sabores, ótimo preço.




Mad for chicken.


Também fui num restaurante-balada coreano em Midtown chamado "Mad for chicken". Estava muito escuro, então não tenho fotos do frango, mas eram coxas marinadas num molho de soja com alho e "deep fried". Alias, duas vezes. Sim, eles deep fritam, esperam um pouco e repetem o processo. A idéia é que a pele do frango fique fina como um papel. E fica. É bem gostoso, mas na segunda coxa, e para horror dos presentes, retirei a tão cobiçada pele. Como acompanhamento, cubos de nabo e salsão e vagens de soja cozidas, como aquelas que comemos no Japão. Ah, e a cerveja, servida em tonéis coloridos transparentes. Foi mais caro que o restaurante francês e caiu um pouquinho pesado.

...

E mais: um mexicano ótimo no Soho, um tailandês ruim no Upper West side e todo tipo de coisas ruins na lanchonete do aeroporto.

E então, finalmente, casa! Arroz integral, salada verde com tomatinho grape, omeletinho. Torradinhas, suco natural, fruta, chá. Tudo simples, leve e feito por mim. Estava morrendo de saudades de comer em casa. Comer fora cansa, já disse isso. A extravagância também.



MK, feliz.

5 comentários:

Clarice Toledo disse...

Vim bão? É um dos melhores beaujolais,moça. Só deu azar de não ser mais novo.
Não sei pq, mas pensava q vc apreciava os mais encorpados.
Passeio pela costa californiana... ou pela Borgonha, não é má idéia, não?
Cheguei agora de viagem e tb tô passando por esse processo depurativo. Só estou comendo na Casa do Natural. É o q aguento.
Seja bem-vinda!

Anônimo disse...

É cochon de lait.

Natalia Mallo disse...

Sempre tem um anônimo que sabe das coisas! Merci! Vou arrumar.

Natalia Mallo disse...

Eu aprecio os mais encorpados, é verdade. Mas ultimamente ando optando pelos levinhos... Acho que o meu figueiredo não é dos melhores....

Anônimo disse...

O novaiorquino está sempre mastigando alguma comida.