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Ontem cheguei em Nova York com fome. Sai andando pela Fifth Avenue e fui vendo minhas opções. Algo que parecia ser um grave incêndio era um kebab de rua. O cheiro era bom, a cara não tanto. Segui em frente. Vários ditos cafés, com esquemas serve-serve de sanduiches, donuts, cachorro quente, hamburguer, ovos mexidos há muito tempo. Tudo tinha um aspecto pegajoso e de coisa que cai pesada. Continuei andando. Cheguei na esquina do Empire State, virei à esquerda e apaeceu uma steak house daquelas bem tradicionais, especializada em cervejas diferentes. Vi que tinha saladas no cardápio e entrei. O lugar era meio escuro, com música alta e público variado. A moça loira simpática do balcão veio pegar o meu pedido. Perguntei se tinham sucos naturais e ela respondeu com um alegre "Sure!". Pedi o de cranberrie. Mas, como pode ser natural um suco que chega no copo através de uma mangueira de plástico ligada ao teto? Bom, provei. Muito doce, mas depois de um tempo diluido pelo gelo e com mais limão, ficou razoável. Chegou a comida e reparei como as pessoas aqui, quando não te ignoram totalmente, te abordam sem a menor cerimônia. Como a moça que senta do meu lado e pergunta abruptamente "what are you eating?". Respondo, "arr.... well, mixed green salad and a sweet potatoe mash". Ela responde com outra pergunta: "is it good?". Respondo que sim, ela vira as costas e some. A salada estava boa, mas tinha tempero demais, e muita pimenta do reino, as alfaces até murcharam no tal vinagrete da casa, e eu prefiro os verdes crocantes. A batata doce tinha sido glaceada ao forno com maple syrup e depois amassada, com um pouquinho de cebola picadinha bem fininha. Bem gostoso, mas na terceira garfada a doçura do maple ficou enjoativa. Comi metade de tudo, paguei (8 dólares) e fui embora.