quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Vive La Fête!

Para mim, mais interessante e gostoso do que qualquer restaurante é aquilo que as pessoas comem em casa. E se a casa é um apartamento charmoso em Paris, estratégicamente localizado na rua da feira e habitado por uma familia de gente agradável, inteligente e aconchegante, melhor ainda.

Tive a sorte de ser convidada para um jantar delicioso, calcado na simplicidade e cheio de sabores sedutores. Começamos com um vinho Margaux (muito bom, comprado na loja Nicolas do Marais), baguete fresquíssima em rodelas e patê de tomate muito especial, adocicado, perfeito.

Conversa vai, conversa vem, surgem da cozinha (nunca vi tanto tempero junto) uma série de panelas lindas, fumegantes. Era um frango caipira ensopado em seu molho, com amêndoas crocantes, acompanhado de arroz branco soltinho e mini vagem.



Comi dois pratos como este e um chorinho.




Olha que mesa mais linda!


Tudo simples, tudo lindo. Da toalha de mesa aos pratos, passando pelos talheres, taças e assuntos. Da música contemporânea ao clima do Japão, descobrindo amigos em comum, coincidências interessantes e muitas risadas.

Então, quando eu começava a me perguntar se tinha comido demais, chega uma dupla maravilhosa! Salada de folhas verdes, fresquinhas, crocantes e um camembert delicioso. Claro que esqueci meus pensamentos anteriores e me entreguei.




Repara nessa faquinha!


Quatro garrafas de vinho mais tarde, chega a tão esperada (por mim) sobremesa. Ela tinha ficado o tempo inteiro numa mesinha ao lado e eu não parava de olhar pra ela e me perguntar o que era exatamente.

Era um brownie feito com nozes do quintal e compota de pêra... também do quintal! Que maravilha! O brownie nada doce (por isso consegui comer 4 pedaços), a compota deliciosa, com gosto de fruta mesmo, doce na medida e combinando perfeitamente com o sensacional bolinho.



Dios mio!


Para terminar, um cafezinho cheiroso, mais algumas risadas e voltar pra casa (pro hotel) no metrô vazio, feliz da vida. Não troco essa experiência por nenhum restaurante parisiensse, e espero um dia poder retribuir tão generosa familia.

Merci!

4 comentários:

Anônimo disse...

Quando eu era pequeno, minha avó fazia compota de peras verdes que nós colhíamos no quintal com varas de bambu. Dona Tekla veio da Renânia, falava francês e alemão perfeitos, mas nunca dominou completamente o português.

Agora, compota caseira de pera em Paris é pra lá de chique!

fernanda disse...

Liberté, Igualité, Fraternité, Avidité

Mariá disse...

esse brownie, realmente...

anna disse...

nossa senhora, mère de dieu. quantas horas vcs ficaram comendo?