quinta-feira, 8 de maio de 2008

Uia que frio!

São Paulo, 15 graus


E isso não é nada! O Brasil é um pais de clima tão ameno. Pensa no frio que faz em Londres em janeiro... Quando fui pra lá, o frio me tirou totalmente a vontade de andar na rua. Só queria entrar em pubs e comer, comer, comer. Ainda por cima, a comida era no mínimo estranha. Nunca vou esquecer o "chicken kiev" que ousei pedir. Era um frango empanado e frito, assim meio gordinho. Até ai, tudo bem. O susto foi quando enfiei a faca. Foi uma explosão louca de manteiga que "contaminou" a salada e todo o resto. Super estranho, mas comi inteiro.

O problema do Brasil é que como quase nunca faz frio, não há a menor estrutura para se viver baixas temperaturas com conforto. Nem dentro nem fora de casa. Bom, agora até eu tenho um aquecedor elétrico, mas o que é isso comparado ao aquecimento central nas casas dos países frios? Na verdade, nessas situações de aquecimento assassino eu fico até enjoada de tanto calor, é algo um pouco opressor que tira o ar. Mas vamos combinar, não é legal assistir a neve lá fora de camiseta?

Nos dias de frio eu tenho muita vontade de comer. Eu e a torcida. Tenho vontade de coisas ensopadas, guisados, polenta com molho de tomate gratinado, macarrão com molho de tomate com linguiça (um fio de azeite trufado no fim), puchero (vejam o post sobre este cara), canja de galinha, lasanha. Na minha infância minha mãe fazia coisas incríveis no inverno. Lentilhas guisadas com legumes, linguiça apimentada, batata doce e ovo cozido. Guisado de grão de bico com carne de porco. Dobradinha. Tudo isso e outras coisas fizeram da minha infância algo razoável e me pouparam de alguns traumas. Porque na minha infância nas "afueras" de Buenos Aires fazia muito, muito frio. Vocês não imaginam. Eu ia para a escola de noite ainda, vencendo o vento cortante e úmido, toda agasalhada e com "mate cocido con torrejas" (chá mate com leite e rabanada) no meu estomaguinho de criança.

Ontem mesmo não resisti e fui comer uma carne. Bom, uma linguiça parrillera para começar (fininha, enroladinha, torradinha, levemente apimentada), e depois uma bela peça de vacio (corte argentino), batata assada e salada verde com abacate. Uma taça de merlot chileno (reparem como não sou preconceituosa), que estava ótimo. Chá de hortelã e alfajor de maizena para terminar. Onde? No clássico Martin Fiero, que conquistou minha fidelidade já faz tempo.

À noite tomei canja de galinha no bar Genial, na Vila Madalena. Boa! Super bem servida e acompanhada de torradas. Meus amigos pediram polenta de colher, com molho de tomate e azeitonas pretas chilenas, e caldo de feijão preto, que vem com muito torresmo. Estava tudo muito bom. A cozinha desse bar (assim como Genésio e Filial, dos mesmos donos) é sempre uma boa surpresa. Eles fazem direitinho. Eles não, ela. Eu a vi de relance, uma cozinheira de peso.

Agora vou para terras frias, os próximos posts vão vir da Europa. Berlin, Lisboa, Cannes, Londres, Paris. Só que lá a primavera está começando! O pior do frio europeu já passou. Me aguardem. Algo me diz que vai ter comida na parada.

4 comentários:

Clarisse disse...

Hum.......Posts vindos da Europa, na estação mais linda do ano...No mínimo chiquerrímo e certamente com muita comida! Tenho acompanhado tudo pela agenda, boa sorte!
Conseguiu ouvir a Coralie Clèment que havia te dito?
Grande abraço!

Anônimo disse...

quero polenta e posts da europa.

Anônimo disse...

Frio combina com comida... espero ler delícias européias!
Beijos!
André Mosse

Dan Lopes disse...

eu amo frio, aqui em curitiba ta 10°C agora, to indo pra Londres tbm, acho que o frio vai ser um barato lá heh!